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por Otília Martel, em 30.07.05

Ah, o Amor...


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Hoje, como de resto, já aconteceu em muitos dias da minha vida, pergunto-me:
O que é o amor?
Porque temos nós, afinal, esta necessidade de amar?
Porque sentimos, todos nós, esta ânsia, este bater de coração, tão forte, tão forte, que por vezes chega a doer?
Para que queremos nós afinal, amar outra pessoa, quando racionalmente, já sabemos que esse amor, um dia, nos poderá trazer dor, amargura, ciúmes, despeito, insegurança, solidão?
Todos nós concordamos, que amar é bom... mas, por vezes, muito mau…
Será assim?
Conheço alguém que uma vez me disse, que só se zanga, com as pessoas de quem gosta e ama... Será isto amor?

A minha visão de amor (ilusória, talvez), é bem-estar, ternura, segurança, satisfação, é dar (mais até, que receber)!
É sentirmo-nos bem na presença de quem gostamos, ouvir a sua voz, sentir o toque de suas mãos, o seu abraço, o seu olhar...
Porque se transforma este sentimento, que ao princípio parecia não ter fim?
Porque será que o sol deixa de brilhar, o céu fica cinzento, a chuva bate na janela?
O amor é assim... como o tempo?!
Nas suas mil transformações ele, ou se torna forte e resiste a tudo, ou enfraquece e, acaba por desaparecer…
Mas será que desaparece?
Esquecerá alguém, uma pessoa que já amou intensamente?
Neste instante, surge-me na memória, as palavras de alguém, por quem tenho uma velada admiração, que me disse certa vez, algo que na altura quase me escandalizou:
"Sou um amador de mulheres"
E explicou o seu ponto de vista: ama todas as mulheres. Desde a mãe, a irmã, as namoradas e por aí fora, mas… nenhuma da mesma maneira!
E as "mulheres dele", guarda-as a todas no coração: recorda-as no seu melhor e no seu pior...
Será isto amor?
Aquele sentimento mágico, único, mas que dói, que fere, mas que também nos dá tanta alegria, satisfação, paz interior, nos faz ver o mundo nas cores do arco-íris?
Será que o amor, afinal, é uma eterna magia, uma eterna ilusão?
Shakespeare disse: "Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia". Será isto verdadeiramente correcto?
Mas então, porque ao longo dos tempos, poetas, escritores, filósofos e, mais recentemente psicólogos, tentam encontrar uma justificação para o amor e suas "penas"?
Ninguém o consegue explicar verdadeiramente, porque afinal, todos já sofremos por amor.
Ah, o Amor...
Será que alguém me diz o que ele é verdadeiramente?...

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