Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Recordo bem, apesar de ser bastante pequena (também não cresci muito mais, ok, concordo, eheh), das palavras dele quando o meu pai o censurava pelas suas saudáveis loucuras.
Ele era uma pessoa extremamente positiva e alegre. Só via o lado bom dos outros e alinhava nas minhas brincadeiras, escondendo, algumas vezes, as traquinices que eu ia fazendo.
A sua imagem está viva em mim. Cada vez mais.
Não será alheio o facto de eu também já ser avó.
A desejar que o tempo passe depressa para viver o meu neto em pleno e a fechar os olhos, como o meu avô fazia, a algumas traquinices próprias da idade. Recordo a sua voz forte mas que se tornava meiga quando falava comigo. Recordo os passeios por Sintra e, acima de tudo, recordo férias passadas na aldeia que me trouxeram o amor pelos animais, pela liberdade da natureza, pelos banhos no rio, pelas tardes calmas quando lia em voz alta ou contava as suas fantásticas histórias de juventude e o seu amor pelos cavalos.
Ou quando lançávamos papagaios de papel na Praia das Maçãs…
Vieram-me à memória todos estes pensamentos enquanto olhava, pela janela, o mar no horizonte.
Tempos felizes que recordo com um carinho absoluto. Reminiscências de uma época que me parece tão próxima como se o tempo tivesse parado.
Texto originalmente escrito no no meu outro blogue em Outubro de 2013 e que me trouxe à lembrança memórias vivas de uma realidade feliz e daqueles que amo.
Recordar o meu estado de Avó é um único pensamento: o meu neto Luca.
Cresceu. Cresceu.
Mas continua a ser o menino que embalo nos meus braços