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O António e o Manuel são bebés e nasceram em 4 de Dezembro e 8 de Março, respectivamente.
Seus Pais vivem no mesmo condomínio que eu. A minha varanda a poente fica exactamente a meio das suas residências. Nestes tempos conturbados alegra-me saber notícias deles. Ver as suas fotografias dá-me esperança no mundo que me rodeia.
Foi para eles que escrevi este poema.
Para o António e o Manuel
Passa a noite.
Nasce o dia.
O melro canta
e o pardalito pia.
Nos sons da natureza
vibra a magnitude da vida,
que palpita consistente no meu poente.
Do lado direito o A.
Do lado esquerdo o M.
Entre o A e o M está
todo o Amor do Mundo.
O choro que não sinto
o riso que não vejo
e as mãozinhas que afagam
os seios de sua Mãe.
Da minha janela,
o mar confunde-se com o céu
e o ciclo da vida recomeça.
O passado
está lá longe.
O presente
é um sonho.
O futuro...
está mesmo ao meu lado.
Otília Martel
3 de Abril 2020
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