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Diz-me do horizonte que
não estás perdido
na flor que colheste
no olhar que deitaste na
mão que estendeste
Diz-me que a solidão
não é vida para ser vivida
que o medo não é para ser sentido
que a dor não te rebela o coração.
Diz-me que o sol
brilha no teu olhar
que a tua pele sente a sensação
no pulsar das flores em botão.
Diz-me que na tua alma de criança
brilha a lembrança de mil cores
em gargalhadas sentidas na descoberta de amores
que florescem em marés de esperança.
Diz-me que para além do horizonte
ainda existes
Diz-me...
Responderei:
Que não te prometo
o céu
a terra
e a lua
Eu te prometo
o perfume de uma flor
a espuma do mar
num beijo quente
que te quero dar
Eu te prometo
o carinho
a doçura
dos meus olhos
para te olhar.
Eu te prometo
que nada posso prometer
a não ser o meu amor
que, para sempre,
te há-de pertencer.
(Poema para o Sarau de Poesia
Vermoim - 4 de Junho de 2005)