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Quase roçando a areia, tão beijada
pelas ondas do mar, serenamente,
à luz avermelhada e fulva do poente,
eu paro... passa a minha nau doirada.
É nau forte a errar no mar fulgente,
coberta de luzes a amurada...
Pelo sopro das ondas embalada
parece o amor no coração da gente.
É nau de sonhos, um sonho enorme em flor,
buscando as horas mágicas de cor
em que o sol morre e sente-se a verdade.
Oh minha nau doirada espera um pouco
levas ao leme um timoneiro louco
e fica meu coração doendo de saudade.