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por Otília Martel, em 22.02.14

Um ano!

 

O Luca já fez um ano!

 

Parece-me ainda impossível que já tenha passado um ano desde o dia que o nascimento dele me tornou a Avó mais babado do mundo!

 

O coração enche-se de uma ternura desmedida, de um amor inigualável, sempre que o meu pensamento voa para ele, sempre que os seus belos olhos me olham, sempre que o seu sorriso me aquece o coração.

 

Queria escrever algo especial mas, confesso, o meu espírito transborda de tal maneira, que as letras vagueiam loucamente e brincam com o amor que sai dele, teimando em saltaricar sílaba a sílaba o fervor da minha alegria.



Belo o sorriso

nos teus olhos cor de malva

que acalma e deleita

meu coração de amor

por ti

 

Teus deditos

que apertam minha mão

são vara de mago

dentro do meu coração

 

Olhando-te,

o mundo pára para mim.

E és tu, meu pequenito

que floresces no próspero mundo

que desejo para ti.

 

 

 

 

Com o amor,

da Avó

 

Feliz Aniversário!

 

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por Otília Martel, em 08.02.14

Havia um menino

Gosto quando as palavras dos outros traduzem a alegria o choro e o sorriso da minha alma.

 

Porque mesmo nas palavras dos outros, a memória e a saudade, estão presentes.

 

Momentos únicos que revejo, tantas vezes, intimamente.


Um deles foi o de ter sido mãe e, confesso, que adorei.

 

A gravidez dos meus dois filhos (em situações diferentes) foi tão desejada que recordo somente os bons momentos, o prazer de cada movimento, os pontapés (às vezes a desoras), as mudanças do corpo e, inclusive, os típicos enjoos que não me incomodaram.

 

Houve muitos momentos de grande felicidade na minha vida, que evoco com saudade, mas a gravidez foi um dos maiores e melhores, só superada pela alegria de ter, pela primeira vez, o meu neto Luca nos braços.

 

Quem já é avó deve entender na perfeição esta dualidade de sentimentos; é uma dádiva que ultrapassa todos os sentidos.

 

Se adorei ter filhos, o que sempre foi um objectivo de vida (adorava ter tido mais, mas a vida não o permitiu), ser avó era um sonho que acalentei desde sempre.

 

Não se riam! É verdade.

 

Desde muito nova que o nome Avó me fascinava. E sempre desejei ter o privilégio de ser assim chamada. Concedida esta magnifica graça, o Luca é hoje, confesso, o menino dos meus olhos, do meu coração e, até, do meu sorriso; sempre que nele penso, apetece-me sorrir.

 

Até um poema inserido a páginas 7 do livro "Fernando Pessoa. Comboio, saudades, caracóis", organizado por João Alves das Neves em 1988, traz-me a lembrança do Luca e sorrio, feliz, lembrando os gorros, bonés e chapéus, com que os papás dele o protegem.

 

 

cama do Luca

 

 

Havia um menino


Havia um menino,
que tinha um chapéu
para pôr na cabeça
por causa do sol.

Em vez de um gatinho
tinha um caracol.
Tinha o caracol
dentro de um chapéu;
fazia-lhe cócegas
no alto da cabeça.

Por isso ele andava
depressa, depressa
p’ra ver se chegava
a casa e tirava
o tal caracol
do chapéu, saindo
de lá e caindo
o tal caracol.

Mas era, afinal,
impossível tal,
nem fazia mal
nem vê-lo, nem tê-lo:
porque o caracol
era do cabelo.

 

São nestes pensamentos que vagueio e que dão novo incentivo à minha vida.

 

Entre os afectos de quem amo e o amor das palavras que compõem a poesia da minha alma, é este o meu mundo.


Que partilho com gosto!

 
 
 

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por Otília Martel, em 07.02.14

The Lake

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por Otília Martel, em 06.02.14

Saudades do Verão!

Quardo do Luca

Apetece-me o Verão.

As roupas leves, os passeios na praia, pés descalços na areia molhada, os gelados na esplanada, o céu estrelado em noite de lua cheia.

Os passeios com o Sting, puxando-me, em correria, passeio fora, parando em cada árvore que se cruza com ele, nunca se cansando e deixando-me estafada de tanta correria.

Ah!… O Verão!...

Esta ansiedade do Verão conjuga-se com o anseio de ver o meu neto Luca, já a caminhar, de mão dada comigo, passeando pelo parque do Senhor da Pedra, o prazer de com ele jogar à bola, empurrar-lhe o baloiço ou segurá-lo no escorrega.

Imagino-o com aquele grande sorriso malandreco que ilumina e aquece meu coração a correr pelo relvado fora e o prazer daquela canseira feliz.
E o regresso ao doce ambiente do Lar…

Ah!… O Verão!...

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